Turismo Cultural em Barcelona, um tour pelas obras de Antoni Gaudí.

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2 de setembro de 2016
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Uma cidade que sempre se evidenciou pelos mega eventos que sedia, Barcelona é a maior metrópole da Europa dentre as localizadas na costa do Mediterrâneo. A Capital Catalunha divide com Madri o posto de Capital Cultural da Espanha, um destino sagrado para quem é aficionado por arte, história e cultura, sendo também conhecida como a Capital do Modernismo Catalão.

Barcelona, além de ser um centro de design e arquitetura catalã, possui um dos mais importantes portos mediterrâneos e uma grande força econômica. Uma cidade mediterrânea atemporal, citada como um dos destinos turísticos mais populares de Espanha é o palco da arte do arquiteto Antoni Gaudí, que no final do século XIX, desenvolveu estilo bastante excêntrico, peculiar e transgressor.

Nascido em 1852, na vila rural de Reus, 110 km a sudoeste de Barcelona, Gaudi era o filho mais novo de um caldeireiro. Grande parte da sua obra é marcada pelas suas grandes paixões: arquitetura, natureza e religião. O arquiteto espanhol mais famoso da história deixou sua marca espalhada por toda a cidade de Barcelona. Seu estilo único não agradou a muita gente na época, como é comum que aconteça a grandes gênios. Mas o apoio financeiro de Eusebi Güell, um rico empresário, o ajudou a concretizar grande parte de suas obras.

Para quem deseja explorar uma “rota gaudiniana” por Barcelona, vamos listar algumas das obras que não podem faltar no roteiro.

CASA BATLLÓ

No coração de Barcelona, no Passeig de Gràcia, a Casa Batlló, é uma das obras-primas de Gaudí, um lugar incrível para se conhecer. As formas curvas da sua fachada são realçadas por milhares de mosaicos cerâmicos e vidros coloridos, varandas em forma de máscaras teatrais.

Construída no período entre 1875 e 1877, a Casa Batlló foi encomendada por José Batlló Casanovas. Os moradores de Barcelona apelidaram o edifício de “A casa dos ossos” por causa das sacadas que se assemelham com um crânio. É possível fazer um tour com áudio guia na Casa Batlló. Por dentro o local é tão diferente quanto por fora. Não espere ver nada muito simples ou por cores e formatos sóbrios. A visita explicativa mostra quais foram as ideias de Gaudì nos cômodos, na fachada, na sala e em várias outras partes da casa, uma construção que, segundo o próprio Gaudì, remete à história de São Jorge, padroeiro da Catalunha.

O acesso até a Casa Batlló pode ser realizado com várias opções: os metrôs linhas L3, L4 ou L5, descendo na Passeig de Gràcia ou ônibus 7 (Zona Universitària), 22 (Av. Esplugues), 24 (El Carmel) ou V15 (Vall d’Hebron). Uma boa sugestão é adquirir, com antecedência, o ingresso no site da Casa Batlló, especialmente, se planeja ir à Barcelona entre os meses de julho e agosto, período de alta temporada, quando as filas estarão enormes e comprando pelo site oficial você garante entrada sem filas.

Aqui você poderá assistir a um vídeo para conferir a magnitude desta obra: https://www.youtube.com/watch?v=vE1y_F29-Qc

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TEMPLO DA SAGRADA FAMÍLIA

Uma das mais famosas obras do artista catalão é o Templo da Sagrada Família, um lugar impressionante e imperdível. Uma verdadeira obra-prima, repleta de nuances e simbologias, a igreja da Sagrada Família, embora incompleta até bem pouco tempo, tornou-se cartão-postal de Barcelona.

O templo é o ponto turístico mais visitado na capital da Catalunha e um dos mais importantes na Espanha. Sobre sua construção, sabe-se que possui um início concreto, com a primeira pedra colocada no dia 19 de março de 1882, porém, em 1926, Gaudí faleceu sem ver sua obra acabada e seu término só se efetivou no século seguinte, tendo sido inaugurada em 2010.

Iniciado pela cripta, a partir de um desenho neogótico, o projeto foi criado por Francisco de Paula Del Villar y Lozano, mas em seguida, abandonado. Depois de discrepâncias com os promotores, o arquiteto abandonou a direção da obra, deixando a vaga livre para a ocupação de Antoni Gaudí.

Abandonando o antigo projeto, Gaudí propõe algo inovador, tanto nas formas e estruturas, quanto na construção: uma igreja de grandes dimensões, com torres altas e com arquitetura e escultura carregada de simbologia religiosa, capaz de transmitir ensinamentos da Igreja e do Evangelho.

A igreja, em um estilo único, ganhou uma arquitetura modernista. As fachadas da Natividade e da Paixão merecem observação de algumas horas. No seu interior, por entre a prometida floresta de árvores, uma interminável espiral de escadas leva-o até ao topo das torres, de onde se obterá a mais imponente e bela vista de Barcelona.

Com o intuito de acelerar as obras, Gaudí montou uma pequena oficina ao lado da abside do templo, onde vivia e trabalhava, ininterruptamente, na execução de seu projeto. Mas, previu pela lentidão das obras, que não chegaria a ver a mesma concluída. E seu sentimento ficou registrado na seguinte frase: “Não há que lamentar que eu não possa terminar o templo. Ficarei velho, mas outros virão detrás de mim. O que há que conservar sempre é o espírito da obra, mas sua vida deve depender das gerações que lhe transmitam e com as que a vivam e a encarnem”.

O horário de funcionamento da igreja Sagrada Família varia de acordo com o período do ano: de novembro a fevereiro, funciona das 9h às 18h, em março das 9h às 19h, de abril a setembro das 9h às 20h, em outubro das 9h às 19h e no natal e réveillon das 9h às 14h. Quando finalizada em sua estrutura atual, a Sagrada Família conta com sacristia de 40m de altura, 18 torres (12 dedicadas aos apóstolos, 4 aos evangelistas, uma a Jesus e outra a Maria), além da fachada da Glória. O templo fica localizado na C. Mallorca, 401.

Acompanhe as fases de construção e a inauguração desta majestosa obra^; https://www.youtube.com/watch?v=5lYdrhYYWpg

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PARC GUELL

O Parc Guell foi criado por Gaudí a pedido de seu mecenas, Eusebi Guell, que lhe encarregou de construir uma cidade-jardim em um terreno de 20 hectares. O parque revela imensa beleza através de suas curvas e mosaicos, além da belíssima vista que proporciona de Barcelona. Foi declarado monumento de caráter universal, pela UNESCO, em 1984, junto com as demais obras de Gaudí. Repleto de árvores, o Parque Güell foi construído em 1900, como sendo um parque particular e se tornando público apenas em 1922.

Situado numa colina suburbana da cidade, o Parc Guell é local onde os moradores e visitantes de Barcelona costumam ir para relaxar, apreciar o pôr do sol e se deleitar com a genialidade de Gaudí. O parque possui uma seleção de trabalhos, incluindo o sinuoso banco de jardim, coberto de coloridos mosaicos, construído numa praça com colunas e pavilhões com forma e cor de bolos.

Tudo dentro do Parc Guell é mágico e você vai desejar fotografar cada detalhe das construções. Uma boa dica é ir com um calçado bem confortável, pois irá caminhar bastante e não se esqueça de protetor solar, óculos de Sol e roupas leves – dependendo da época em que você for visitar Barcelona, já que o calor é um pouco forte.

No Caminho do Rosário, junto ao parque, encontra-se a Torre Rosa, local de morada de Gaudí entre anos de 1906 e 1925, atualmente, um museu bem interessante para se visitar.

Endereço: Carrer d’Olot, s/n, Barcelona. Opte pelas linhas: 24, 31, 32, 74, 92 e 112. Metrô: Estação Lesseps da Linha 3. Os horários são: das 8h às 21h de 4 de maio e 6 de setembro e das 8h às 18h de 7 de setembro a 3 de maio.

Imagens dos Parc Guell:

https://www.youtube.com/watch?v=HP_bOvoUr90

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PALAU GUELL

O Palau Güell é a primeira grande obra arquitetônica de Gaudí e se constitui um marco, não só na sua trajetória, como na história da arquitetura universal. Localiza-se na Rua Nova da Rambla, no bairro do Raval. Construído entre 1885 e 1890, no estilo modernista catalão, foi desenhado pelo arquiteto para servir de residência à família de Eusebi Güell, seu principal cliente.

Gaudí utilizou materiais da região para os revestimentos: pedra das pedreiras da família, cerâmica e o tijolo a vista típico do modernismo catalão. A natureza é a fonte inspiradora das formas orgânicas que encontramos em todo o edifício. Declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 1984, em reconhecimento a seu valor universal excepcional, como peça chave na renovação da arquitetura em escala mundial, atualmente restaurado, após vários anos de obras.

Confira no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=oLjaVn9-Kls

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CASA MILÀ – La Pedrera

Encomendada por Roger Segimon de Milà, e conhecida como La Pedrera (como foi chamada pejorativamente, na época de sua construção), a Casa Milà foi construída por Gaudí, entre 1905 e 1910, com a colaboração do, também, arquiteto Josep María Jujol. É um conjunto de apartamentos que não possui nenhuma parede reta na sua estrutura. O último andar é a sede do museu Gaudí.

Situada no Passeig de Gràcia, número 92, uma escultura talhada em pedra que permitiu ao arquiteto desenvolver plantas livres e configurações orgânicas, incluindo inúmeras metáforas de elementos da natureza. Uma das maiores obras urbanas de Gaudi, antes de se dedicar inteiramente ao projeto da Sagrada Família.

Um dos pontos altos de La Pedreira é o telhado onde ficam vários dutos de ar e chaminés esculpidas. Lembram assustadores guerreiros que são chamados de espanta-bruxas. Quando foi inaugurado, causou furor e polêmica.

Na década de 80, estava em estado lamentável, até ser adquirido por um banco, que o restaurou e o transformou em um espaço cultural.

Horário de funcionamento:

Abre diariamente, com horários variáveis conforme a época do ano. Em janeiro e fevereiro, das 9h às 18h30; de março a outubro, das 9hàs 20h; novembro e dezembro: das 9h às 18h30.

Confira no link um vídeo que descortina a beleza e a ousadia desta obra de Gaudí:

https://www.youtube.com/watch?v=vh_4GkCJ00k

casa mila

Imprescindível salientar a importância das obras de Gaudí para a história da cidade de Barcelona, e mais ainda, observar que tendo um estilo próprio (Gaudiano), valorizando o artesanato, formas naturais e a natureza, há mais de um século e meio atrás, ele se colocou como arquiteto de um novo estilo e se consagrou mundialmente. Não há como visitar Barcelona sem ouvir o nome de Antoní Gaudí. A sua vida em Barcelona e sua obra fizeram com que a cidade fosse hoje marco fundamental no mapa de qualquer viajante.

 

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